segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mostra Profissional

A DESCOBERTA DAS AMéRICAS
Produção: Leões de Circo Pequeno Empreendimentos

SINÓPSE
É a outra história da descoberta das Américas, inspirada em fatos reais que ocorreram na Flórida e foram contados pelo cronista Cabeça de Vaca. Mas a história poderia ser bem daqui, da terra brasileira.

Acontece que um Zé ninguém chamado Johan, rústico, malandro e fanfarrão, que se vira contando vantagens, sempre em fuga da fogueira da Inquisição, embarca em Sevilha numa das Caravelas de Cristóvão Colombo. No Novo Mundo, o nosso herói sobrevive a um naufrágio; testemunha a matança; aprende a língua dos nativos; é preso, escravizado e quase engolido pelos índios antropófagos. Safa-se fazendo “milagres” com alguma técnica e uma boa dose de sorte. Venerado como Filho da Lua, ele treina, catequiza e guia os índios num exército de libertação que acaba caçando os espanhóis invasores.


CONCEPÇÃO
Um ator só em cena, sem aparato (cenário, figurino, iluminação e até texto são reduzidos ao mínimo), atua num estado essencial, de emergência. O protagonista da Descoberta, acossado por uma cruel economia da fome que o faz engenhoso, quer sobreviver justamente para narrar sua história. Para dar vida a todos os personagens, quais índios, espanhóis, cavalos, galinhas, peixinhos, Jesus e Madalena, ele estabelece um pacto de cumplicidade com os espectadores. Cria com eles um código gestual, mímico e sonoro que substitui paulatinamente a fala. Cada detalhe provoca a lembrança do seguinte, como numa história contada de improviso e pela primeira vez. O desafio do ator é de achar o jeito, a cada noite, de jogar com aquela platéia e fazer aquela platéia jogar. Jogar como? Decodificando cada imagem, cada som que o ator sugere. É o teatro em sua essência: uma ilusão de realidade que o ator projeta no espaço da cena e o público “vê”. Por isso, o espectador è indispensável nesse jogo.

Data: 20/10/2010
Local: Teatro Rui Limeira Rosal - SESC
Hora: 21hs


O PORCO
Arquipélago/ SP
A PESQUISA E A OBRA
Por um lado, uma pesquisa séria que há décadas é desenvolvida por Antonio Januzelli, em busca de uma “metodologia” para o trabalho do ator latino-americano. Por outro, a oportunidade de levar ao palco essa investigação e um texto brilhante do francês Raymond Cousse.
O ator é o foco desta montagem. O corpo do ator em uma relação crua e sensível com a concretude do espaço onde se realiza o ato teatral.
O original Strategie pour deux jambons, de Raymond Cousse, foi publicado em forma de romance em 1978. Em 1979, seu autor fez uma versão para o teatro encenada por ele próprio. O sucesso é enorme em toda a Europa. Desde então, a peça vem sendo montada em vários países. A versão que levamos ao palco é do dramaturgo e diretor Andres Lapena, que fez também enorme sucesso de crítica com o ator Juan Echanove.

O TEXTO
Falar do que trata o texto é quase subtrair o impacto que ele nos causou. Talvez o próprio título – O Porco – leve o espectador a elaborar pensamentos acerca do que trata a peça. Assim, reservamo-nos o direito de dizer apenas que se trata das memórias e reflexões de um porco enquanto espera o momento decisivo de sua jornada. Não há metáforas. O que se ouve é o que se fala. Ainda que prevaleça um jogo, ora dialético, ora ambíguo, entre o que se fala e o que se sente.

A ORIGEM
A origem desse trabalhou deu-se no Lince – Laboratório do Ator, do Departamento de Artes Cênicas, da Universidade de São Paulo, coordenado por Antonio Januzelli. O Porco é um trabalho que dá continuidade à nossa investigação das bases expressivas do ator contemporâneo. O teatro é, em sua essência, a presença do ator. Essa presença é um corpo vivo (físico e sutil), pulsante, expressando cristalina e profundamente as mais complexas notas da escala dramática humana.
O texto de Antonio Andres Lapeña (El Cerdo), traduzido por Eliana Teruel, é uma versão do original francês Strategie pour deux jambons, de Raymond Cousse.

Data: 22 e 23/10/2010
Local: Teatro Rui Limeira Rosal – SESC
Hora: 20hs


KELBILIM, O CÃO DA DIVINDADE
Produção: LUME/ Campinas

SINÓPSE
Kelbilim é um homem que passa sua vida tentando resolver o conflito entre o bem e o mal que traz dentro de si. Torturado pelas necessidades e aflições da carne, ela chega ao desespero de uma existência vazia, presa a um corpo humano. Mesmo dentro da mais absoluta escuridão, não perde a esperança de que exista uma razão para a sua vida; um caminho que o leve à exaltação do ser humano, à dignidade.
Obra baseada na vida de Santo Agostinho, que teve uma juventude mundana e egoísta, voltada para a luxúria e os desejos da carne. Insatisfeito com a direção que sua vida tomava, procurou em vários cantos sua verdade.
De seu conflito entre o Maniqueísmo e o Catolicismo originou-se uma ardente e sofrida hesitação que durou anos e o levou à mais profunda reflexão sobre a existência humana. Kelbilim é a encarnação desta existência dilacerada. O ranger profundo do espírito feito corpo. Cantos religiosos invadem o espaço cênico construindo um cenário medieval, cuja atmosfera é realçada pelas particularidades do espaço onde o espetáculo acontece.

Data: 22 e 23/10/2010
Local: Igreja da Conceição – Centro
Hora: 22hs


ANGÚ DE SANGUE
Produção: Coletivo Angu/PE

SINÓPSE 
O espetáculo multimídia Angu de Sangue conta 10 estórias interligadas com cena de passagem através de vídeo, música e com a maioria dos textos monólogos com forte intensidade dramática. Direto do livro para o palco sem nenhuma adaptação, um espetáculo inédito com estréia nacional, com o título homônimo do livro Angu de Sangue, do autor pernambucano Marcelino Freire. Produzido pelo ator André Brasileiro, a peça Angu de Sangue promete emocionar e questionar, pois conta a realidade urbana nas grandes cidades, como por exemplo, a solidão, a desigualdade social, o preconceito e o descaso.

Data: 24/10/2010
Local: Teatro Rui Limeira Rosal – SESC
Hora: 20hs

Um comentário:

  1. Maravilha, indicarei nas minhas páginas, aguarde.
    Abração & sucesso!!!
    www.luizalbertomachado.com.br

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